sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Eu: do desemprego ao empreendedorismo - História que retrata a realidade de algumas mulheres!

Eu tenho 49 anos de idade e minha vida simplesmente virou 360 graus em 2022.

Primeiro, depois de 20 anos trabalhando na mesma empresa eu fui demitida. Cumpri o aviso prévio bonitinho, saí de cabeça erguida e cheia, mas cheia de histórias e experiências.

Já do lado de fora, recebi todas as parcelas do meu seguro desemprego, enquanto planejava abrir um MEI e ser empreendedora. Pensei em várias coisas para fazer e descobri que algumas eu realmente não poderia executar por não ter uma profissão regulamentada.

Em contrapartida, lá estava eu tentando emagrecer e evoluindo a passos muito lentos nos treinos e no emagrecimento. 

Sempre fui uma mulher que dançava conforme a música. Mas confesso, essa música era lenta. Podemos chamar de melodia (entendeu???). Após a demissão, o ritmo musical mudou e eu tive que dançar fitdance! É isso, encontrei um ritmo perfeito, porque você é obrigada a literalmente rebolar.

Apesar do ritmo ter mudado (e muito), a minha personalidade pacifica não mudou e ao invés de tentar buscar, na última hora, tudo para me tornar uma empreendedora de sucesso, eu me permiti descansar. Não quer dizer que eu retrocedi, mas sim, que eu me permiti viver a minha realidade. Sabe quando você senta com você mesma e assume o controle do descontrole? Foi isso, eu não tinha controle de nada... Sentei com o meu sócio, pai e amigo (Deus) e coloquei tudo o que estava acontecendo e assumi que eu não tinha mais como dar nenhum passo sem que Ele me desse uma direção.

Dentro das minhas possibilidades eu avancei, mas ainda faltam passos que definirão o meu processo. Não quero pensar em destino agora, quero pensar em propósito de vida. E, apesar, de ter fé que as coisas acontecerão, me vi levando baldes e baldes de água fria. Até pensei: ahhh isso deve ser para meu amadurecimento, pois nunca vi tanta gente sem fé

Assim que eu criei a S.I.L. (com a ajuda de uma amiga) enviei para muita gente o meu novo projeto, mas mesmo assim algumas pessoas me perguntavam se eu já havia "arrumado" emprego. Eu, sinceramente, parava e pensava: é sério que é para responder isso? Vou dar um voto de confiança, a pessoa esqueceu que eu tenho um projeto. Então, vamos relembrá-la... mas aí ela falava para fazer o C.V.

É incrível!!! Fico espantada com essas percepções. E, saiba que não estou escrevendo nada disso para me vitimizar, apenas para constatar que tem alguma coisa muito errada na esperança das pessoas. E, apesar, de que eu mesma tenha períodos de desesperança, eu jamais lancei a minha desesperança contra a esperança de ninguém.

E toda essa história que eu contei até aqui, é apenas para deixar registrado que é comum assumir que não temos o controle. O empoderamento e posicionamento feminino não estão ligados a obter sucesso e ser 100% criativa e certas. É empoderada a mulher que é transparente com sua realidade e é posicionada a mulher que assume que precisa de ajuda. E dentro de tudo isso, ainda temos a fé, pois, se mantivermos a nossa fé, podemos acreditar que nenhuma luta irá nos matar, mas nos fazer crescer. 

Eu ainda tenho muita história pra contar, o capítulo não encerra aqui. Então, fica comigo e eu te atualizo.


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