Xiii... post sobre carreira hoje é?
Não exatamente... é que o departamento fiscal é meu queridinho mesmo. Aprendi muito trabalhando em alguns (5) escritórios de contabilidade totalizando 30 anos de experiência em um mesmo setor. Sim... 30 anos... nada de querer fazer contas para descobrir a minha idade hein! Já que, nem aposentada estou... (isso por causa da reforma da previdência).
Eu sempre faço uma reflexão sobre o departamento fiscal e a área tributária. Apesar de gostar, às vezes tenho ranço. Mas não é por causa do trabalho não. A razão é ver que a vida do profissional é virada na indecisão das nossas legislações.
Viram a última novela da TIPI? O que foi aquilo? Os contribuintes enlouquecidos querendo respostas, sem conseguirem emitir notas fiscais... virou um caos.
Lembram, também, que já tínhamos a redução dos 25% sobre a maioria das alíquotas? A RFB publicou, no site, que a redução não mudaria com a adoção da nova TIPI, porém, muita gente descartou a publicação extraoficial e começaram a falar que as alíquotas mudariam novamente. Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes soltou no ar que teríamos outra redução, de 35%... Nossa, mais alvoroço. Que doideira... tantas mudanças em um período tão curto.
Essa fase foi um transtorno, mas quem trabalhou na época que a Substituição Tributária foi instituída para a maioria dos produtos, também sabe o que foi loucura. Tem profissional que até hoje não se recuperou rsrsrs
Outra fase triste, foi quando exigiram a entrega da DACON. Foi uma bagunça também. Só de lembrar já me dá calafrios. Em compensação soltamos fogos de artifício quando extinguiram a entrega (soltar fogos só no exemplo tá. Soltar fogos atormentam os animais. Faz isso não!)
Temos vários momentos para relembrar o que realmente produzia desânimo. O engraçado é que depois que passam essas fases ficamos um tempo anestesiados e parece que nada acontece na área rsrsrs É que a rotina é pesadinha e o mês parece que dá um pulo no periodo de fechamento. Então você passa do mês de dezembro para o mês de fevereiro mais rápido que um piloto de fórmula 1.
Tem coisas boas para listar? ahhh tem sim... é claro.
- equipe: se a equipe for unida é top. Você trabalha até mais leve. Sabe aquela turma que compartilha informações? Que não puxa o tapete? É essa a equipe top. Se não for o caso, seja você essa pessoa e influencie quem estiver por perto.
- salário: hummm essa é a nova maior motivação rsrsrs se bem que o piso salarial poderia ser um pouco melhor não é mesmo? É um trabalho com grande responsabilidade e precisamos de reconhecimento.
- empregador: na linguagem popular: o patrão! Ele não precisa ser nosso amigo. Não mesmo! Ele cumprindo com suas obrigações e tendo visão de crescimento, já está ótimo. Agora, perfeito mesmo é quando o empregador paga aquele salário acima do teto. Aí é ganhar na loteria.
- qualidade de vida: bom, essa parte não dá para assegurar.... aí é cada um por si rsrsrs Infelizmente nós passamos estresse e a parte boa é que o estresse não é privilégio só do departamento fiscal. Todos os profissionais passam. Então, faça a sua parte... vai passear, fazer o que gosta, tirar férias nas férias, passar o dia da família com a família. Qualidade de vida exige descanso e lazer... é uma boa dupla.
Então, será que somos animados mesmo? Eu acho que sim. É que a motivação precisa estar ligada as nossas atitudes positivas.
Olha, se eu que passei 30 anos na área estou afirmando que temos um lado bom, mas muito bom (com ranço em dias alternados rsrsrs), então eu creio que vocês poderão considerar. Esses dias ouvi o Tiago Brunet falando que Jesus Cristo passou, pelo menos, 18 anos na carpintaria. Se Jesus, sabendo que era filho de Deus, passou tanto tempo em uma mesma profissão, então, devemos aprender com Ele.
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